No dia 31/03/20 estive falando sobre o PMI Disciplined Agil (DA) em um webinar do @PMI-DF, onde o meu grande amigo Henrique Diniz, que também era um dos palestrantes, destacou brilhantemente o FLEX como importante framework para ajudar no mapeamento da Cadeia de Valor de Negócio, envolvido na entrega de produtos e serviços de uma organização.
Resolvi então nesse artigo explorar um pouco mais sobre esse framework, que é uma excelente ferramenta de apoio para o desafio de transformar organizações.
O FLEX pode ser usado com qualquer tipo de método ágil que a organização tenha definido como seu caminho para a jornada em busca da agilidade nos negócios (Business Agility), Está sendo integrado ao DA para aprimorar ainda mais o toolkit de alternativas de práticas e ferramentas que uma organização pode usufruir na sua jornada.
Baseado em Lean e Flow-Thinking, usa padrões de identificação de desafios e soluções com foco em resolução, o que melhora a capacidade de uma organização de obter agilidade nos negócios – com uma rápida realização de valor de forma previsível, sustentável e de alta qualidade. Funciona baseado nos seguintes processos:
1. Entender qual deve ser o fluxo de trabalho e a estrutura da organização que o adota
2. Identificar os desafios que estão sendo enfrentados na organização em relação a essa estrutura desejada
3. Identificar possíveis soluções para os desafios
4. Usar um entendimento básico de sistemas e o pensamento enxuto para ver qual ordem de adoção dessas soluções provavelmente será eficaz, dada a cultura da organização.
5. Implementar essas possíveis soluções e verificar se elas alcançam uma melhoria real.
6. Estudar os resultados, replanejar e repetir o processo (PDSA- Plan Do Study and Act)
O primeiro passo sugerido no FLEX é o de se ter clareza sobre no que a organização está baseando suas estratégias:
· Cliente como foco (Customer centric) junto com o contexto da organização
· Ter claramente definido os objetivos da Organização. A adoção de OKRs ajuda muito nessa direção.
· Definição do trabalho a ser realizado, baseando-se nas iniciativas definidas pela organização
Uma vez tendo clara a estratégia a ser desdobrada, entra-se no nível tático operacional:
· Criação de um backlog de trabalhos que podem ser rapidamente entregues (work items)
· Ter um processo bem definido de gestão e planejamento do trabalho para que sejam entregues mais cedo os itens de maior valor ao cliente e para a organização
· Ter um método bem definido para gerenciar as interdependências entre os times e gerar colaboração. Foco em maximizar o valor realizado!
· Times trabalhando na mesma cadência e realizando frequentemente integrações. O grupo de desenvolvimento deve consistir principalmente de equipes independentes e auto-organizadas.
· Liberação do produto. No entanto, é importante que as operações e qualquer pessoa necessária para marketing e suporte tenham sido previamente envolvidas e estejam prontas para atuarem.
· Criar a cultura da aprendizagem contínua, aprendendo com o que deu errado e entendendo o porquê do que deu certo. O PDSA (Deming) é um excelente modelo para apoiar nesse processo, que estimula não somente fazer a checagem (Check do PDCA), mas estudar o resultado, sendo ele positivo ou não.
Outra vantagem no uso do FLEX é que, além de guiar a organização na condução da sua jornada em busca da agilidade nos negócios, apoia na busca do onde começar, o que é prioridade na melhoria dos resultados, possibilitando a análise dos pontos mais críticos e seus maiores desafios (pain points)
De fato, o FLEX simplifica a visualização do cenário, normalmente complexo, de uma organização em busca de transformação baseada no seu contexto e propósito. Sendo uma ferramenta que suporta toda uma jornada de agilidade nos negócios, ou seja, um atingimento de resultados de alta performance.
Quer saber mais https://portal.netobjectives.com/pages/books/going-beyond-lean-and-agile/
Artigo original: https://www.linkedin.com/pulse/flex-flow-enterprise-transformation-carla-krieger/