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Cynefin – Framework (Parte 1)

Para aqueles que vem acompanhando essa jornada sejam bem-vindos de volta, aqueles que chegaram agora vou deixar como dica de leitura os 4 artigos anteriores a esse:

  1. Cynefin – O que é?
  2. Cynefin – Por que esse nome?
  3. Cynefin – Os três tipos de sistemas
  4. Cynefin – Restrições

Para começarmos direito vamos combinar a melhor linguagem para entendimento de alguns temas. Pode parecer desnecessário, mas em alguns momentos mostrarei em inglês e em português e então acredito que vocês entenderão minhas razões.

Conhecido, significa aquilo que se tem conhecimento ou experiência.

Conhecível, significa aquilo que se consegue conhecer.

Cynefin é um framework Sensemaking, que tem 5 domínios que capta os três tipos de sistema: sistemas ordenados, sistemas complexo-adaptativos e sistemas caóticos. O Sistema Ordenado é dividido em Claro e Complicado e temos um quinto domínio que é o Aporético/Confuso

Com isso exposto vamos ao framework Cynefin:

Vamos ao primeiro domínio.

Claro

Este domínio é considerado Conhecível Conhecido (Known Knowns), e pertence ao Sistema Ordenado onde as relações de causa e efeito são explicitas e as relações dos agentes dentro do sistema não necessitam de explicação. Você pode repetir uma ação e com isso prever que um mesmo resultado acontecerá em todas as vezes.

No domínio Claro nós sentimos (percebemos) o que acontece, em seguida categorizamos, buscando qual modelo deve ser utilizado e respondemos. Utilizando novamente o exemplo da linha de montagem dos lanches do McDonald’s.

A linha de montagem percebe (Sentir) qual o pedido do cliente em seguida direciona a montagem (Categoriza) preparando o lanche solicitado (Responde).

Olhando para esse exemplo vemos as principais características:

  1. O foco é no processo (Da preparação do lanche por exemplo)
  2. Existe um acompanhamento para exclusão de não conformidades (Lanches que não estão de acordo são descartados)
  3. Processo é reproduzível (O mesmo lanche é feito da mesma forma em qualquer unidade)
  4. Restrições rígidas e explicitas (Preparação do lanche segue um processo bem definido sem margem para inovações)
  5. Estável, desde que respeite suas restrições
  6. Solução evidente (Ingredientes colocados conforme o processo, lanche é o resultado)
  7. Melhores práticas possíveis (A preparação do lanche atingiu sua melhor performance de tempo possível, desde que o processo seja seguido)

No domínio claro existem riscos que devem ser considerados. Particularmente acredito que do ponto de vista empresarial é o mais perigoso dos domínios, pois a acomodação com um processo que todos estão familiarizados faz com que as empresas e pessoas estejam expostas a “Falha induzida por Complacência” (Alerta de Spoiler!), mas trataremos isso mais adiante quando nos aprofundarmos nos domínios.

Outro problema a ser considerado são as restrições. O domínio claro tem restrições naturais inerentes ao processo, e isso garante a repetição do processo e a previsibilidade do resultado. Porém se tentarmos restringir ainda mais um sistema tão restrito, isso nos leva a falha catastrófica.

No exemplo da preparação do lanche digamos que siga uma ordem precisa de montagem onde os ingredientes estão disponíveis, acessíveis e próximos, de acordo com a etapa da preparação. Porém para fins de organização, alguém decide que é melhor colocar todos os ingredientes em um único local (uma nova restrição), e com isso todo processo de preparação começa a falhar pois com a nova restrição as pessoas devem se deslocar para buscarem os ingredientes causando um verdadeiro caos em uma cozinha com um espaço restrito…

Finalmente chegamos na matriz 2×2!!! Mas para um melhor entendimento e absorção dividi a explicação dos domínios nessa série de posts, mas não deixarei vocês esperando por muito tempo…

 Até a próxima!

 

Leandro Sanches

Agile Coach

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